segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

#EDA: Engravidei, sou mãe solteira! Por: Ellen Evangelista

Oooooi pessoal!
Me perdoem eu estar sumidinha daqui, é porque as coisas estão bem corridas... Mas, hoje é segunda feira, e como voces sabem, segunda feira é dia de post do #EDA, mas esse é o ultimo post dessa tag =(. Mas já to preparando uma sequência de post nova mara pra vocês, fiquem ligados, hein.
E, o post de hoje, pra fechar com chave de ouro, foi escrito pela minha amiga Ellen, e ela falou sobre um assunto que é tão comentado hoje em dia, que é gravidez na adolescência. Ela passou por isso há uns anos atrás, e hoje, já com o filho crescendo, ela veio contar a sua experiência.
Mas antes, vou deixar aqui linkado os posts anteriores dessa tag:

1- Apresentação sequência de posts #EXPERIÊNCIADEAMIGA
2- Estudar longe, morar em república, minha experiência - Por: Hana Marinho
3- Fui criada pelos meus avós mesmo, algum problema? - Por Ester Rissi
4- Meus pais se separaram, e agora? - Por Victória Moraes
5- Como larguei tudo no Brasil e vim morar sozinha no exterior na adolescência - Por: Ana Clara Morellato
6- Casei cedo. Conheça as vantagens e desvantagens - Por: Sara Figueiredo
Já leu tudo? Então você está pronto pra ler o ultimo post dessa sequência "Engravidei, sou mãe solteira."
 Booora!

Oi pessoal, tudo bem? Meu nome é Ellen e eu vou estar dividindo um pouco da minha história com vocês neste último post do #EDA.
Minha vida amorosa começou muito cedo (até demais), aos 14 anos eu estava entrando em um relacionamento sério. Até aí, nenhum problema. O que acontece é que o meu namorado, na época, era 6 anos mais velho do que eu. Como nenhum de nós era cristão, o nosso relacionamento começou e perdurou da maneira mais errada possível. Eram festas, bebedeiras, muitos términos e recomeços, e foi em uma das muitas noitadas, que fizemos sexo pela primeira vez. Os episódios se tornaram cada vez mais constantes, e quando eu me toquei, já levávamos uma vida de casado. Isso durou 4 anos, era um relacionamento que só tinha 1 coisa em comum, o sexo. Eu era estudiosa, ele, preguiçoso. Eu queria batalhar pra ser alguém na vida, e ele não aceitava que sua “mulher” fosse mais inteligente e ganhasse mais do que ele. Eu queria uma vida mais sossegada, e ele queria estar em todas as baladas. Mas mesmo assim, eu acreditava que, um dia, isso poderia dar certo. Como fui boba. Após fazer 1 ano de pré-vestibular, estudando 12 a 14 horas por dia, eu passei na tão sonhada MEDICINA. A felicidade não cabia em mim, eu iria realizar meu sonho. Isso durou exatamente 1 semana. Isso mesmo, 1 semana. Comecei a me sentir mal e as meninas da minha república me orientaram a procurar um médico (eu morava em Vitória nessa época). A princípio, eu resolvi procurar um gastro (eu jurava que era gastrite), mas no final das contas, resolvi procurar uma ginecologista. Quando ela me examinou, me olhou muito espantada e perguntou: - Você não está sentindo nada?
E eu respondi: - Não! Por quê? Era pra eu sentir?
E foi ai que vieram mil e uma coisas na minha cabeça. Pensei em câncer, em problema de fertilidade, qualquer coisa, menos filho. A médica me encaminhou para o CDI Mulher, a caráter de urgência, para fazer uma ultrassonografia. Eu achei que estava morrendo. Falei com a médica que ela poderia fazer o exame, que eu ficaria de olhos fechados. Só queria saber meu diagnóstico quando voltasse ao consultório. Foi aí que ela disse: - Abre os olhos, acho que você vai gostar dessa notícia!
Eu relutei muito, mas acabei abrindo. E foi aí que ela disse: - Parabéns, você vai ser mamãe! Você está com 12 semanas!



Meu mundo tinha acabado naquele momento, eu perdi o chão! Só pensei em fazer coisas horríveis. Tinha acabado de jogar meu sonho no lixo. Mas Deus, com todo o seu amor e misericórdia, me pegou no colo e me deu forças, porque o pior ainda estava por vir. Fui pra casa no mesmo dia, contei para os meus pais. Eles ficaram decepcionados, minha mãe não falou comigo a gestação inteira. E quando eu achei que teria algum apoio, fui contar pra esse tal “namorado” que nós teríamos um filho... e ele terminou comigo. Disse que já estava com outra pessoa há algum tempo e que eu teria que me virar, afinal, “eu engravidei por vontade própria” (só pra constar, eu tomava anticoncepcional). Passei os outros 7 meses trabalhando pra comprar tudo sozinha, sem a ajuda de ninguém, as coisas pra esse filho que eu estava esperando. Meu pai foi fazendo o que estava ao alcance dele, mas deixou a responsabilidade nas minhas costas mesmo. E assim eu fui levando, até que meu filho nasceu. O pai dele continuava sem ajudá-lo, e eu continuava pensando no que deixei pra trás pra viver aquilo. Por muito tempo eu achei que viveria sozinha, que nenhum homem iria querer uma mulher que já tivesse um filho. E assim, fui buscando nas pessoas erradas, um homem que me fizesse feliz. Quando eu decidi parar de procurar, Deus me mandou um servo fiel dele. Um homem que era mais do que eu um dia tinha pedido, uma pessoa que me amou e amou o meu filho no momento exato em que nos viu. E hoje, eu posso dizer, que eu sou a mulher mais feliz desse mundo. Não tenho palavras pra agradecer a Deus por não ter desistido de mim, as batalhas foram muitas, mas eu venci. E hoje, estou novamente no pré-vestibular (depois de ter concluído uma faculdade já) pra realizar o meu sonho de ser médica.
Bom, tentei resumir, ao máximo, 10 anos da minha vida. Espero que, de alguma forma, a minha história contribua com a de vocês. Beijos, e até a próxima!


Genteeee.. E esse foi o post de hoje... Gostaram?
Deixem suas opiniões ou qualquer dúvida aqui nos comentários. E vê se não esquece de compartilhar essa publicação, e se gostou, seguir o blog, pra ser um dos nossos membros.
Fiquem ligados, porque em breve tem mais informações da nova sequência de posts: "Eu tenho um sonho". Um beijoooo e fui!

2 comentários:

  1. fiquei emocionada, que história chocante!!!!!

    ResponderExcluir
  2. a história é linda mesmo! que bom que gostou. Obrigada pelo comentário. Beijos <3

    ResponderExcluir